Quinta-feira, 11 de Maio de 2006

Romantismo e amores eternos

Como não podia deixar de ser, eu tenho pouco de romântico, ou pelo menos o romântico dito convencional, se é que há algo de convencional em mim... considerações…

Bom mas refiro-me àqueles momentos muito belos e próximos do perfeito, em que se oferecem rosas à amada e se declamam frases ‘pirosérrimas’ que na altura fazem imenso sentido e depois é tudo perfeito e vivemos felizes para sempre, bla bla bla.

Pra começar não consigo acreditar em amores eternos, se calhar até os há, eu é que desconheço, nem me apetece apanhar com um desses, deve ser uma chatice andar toda a vida apanhada pelo mesmo e ainda depois de morrer!!!

Uma vida encerra tanta paixão, tanta experiência, tanta loucura… tanta vivência.

Depois, esta minha faceta de desconfiada nunca me deixa acreditar em coincidências e momentos altamente lamechas, do género o rapaz ajoelhar-se em frente da dama, só se for pra ficar calado e… adiante.

Na realidade o meu conceito de romantismo passa por outras situações, chateia-me um bocado ouvir constantemente ‘amo-te’ ou ‘querida’ ou outras palavras que tais, tão-somente porque me parece que são palavras carregadas de simbolismo e por força de serem utilizadas quase abusivamente perdem o seu significado, a sua essência, chega a uma altura que quando se ouve ‘amo-te’ já não há nada, já não se treme, já não se fica com um sorriso parvo, porque foi demasiadamente pronunciado, não, gosto de a reter e usar quando e só se se justificar.

Se a ouvirem da minha boca, então têm-me por completo, têm a minha alma, têm o que de melhor posso sentir e estou preparada para dar.

E depois porque é que uma pessoa para ser romântica tem de oferecer flores e perfumes e mais não sei quê, não será mais romântica a criatividade, não será mais precioso o gesto de guardar o último morango para quem se ama, oferecer uma lembrança não porque é aniversário, mas porque nos apeteceu?

 

            

Dizer ‘comprei-te estas maçãs porque sei que adoras’.

Eu sei que me querem bem, quando me dão um abraço forte e dizem ‘vais ultrapassar isso e eu estarei sempre contigo’ ou quando me vêem de pijama e peúgas, sorriem e dizem ‘ficas linda assim’ é uma mentira tão romântica, não é?

Ou me acordam a meio da noite com um beijo, porque acordaram cheios de saudades minhas, ou me mandam um sms com as palavras, ‘Fazes-me bem’ e eu respondo ‘E quando te faço mal… adoras’, ahahaha

Eu não preciso que digam que me amam, mas adoro que mo demonstrem e pode ser da maneira mais subtil, porque esses momentos sim ficam guardados.

E não gosto de andar sempre aos beijinhos e abraços e amassos, para que todos testemunhem um amor que muitas vezes é só isso mesmo, uma aparência para os outros.

Quero um colo, uma cama quentinha e partilhá-la, quero a liberdade de ter um amor livre que volta para mim porque quis e sem dizer nada me demonstra num olhar brilhante o quão feliz eu o faço.

Provavelmente serei mais racional, eu sei, se calhar há aqui pouco de emocional, mas as emoções partem de cada um e eu não construo castelos no ar, estou predisposta a dar mas só a alguém que o queira e saiba receber, não faço fitas, não crio expectativas ou ilusões, sou o que sou, dou só o que posso e quero dar.

Amo porque a alma mo diz e ainda que nem sempre o pronuncie, demonstro-o, estou lá para o que der e vier, porque quero bem e protejo e guardo, os meus amores vivem dentro de mim…

E o que tenho para oferecer provavelmente é tão pouco, ainda assim é tão puro, genuíno, precioso e verdadeiro e muito maior do que a palavra ‘amo-te’ consegue encerrar…

Escrito por Marisa às 09:23
Piacere | Grazie
De Mario a 16 de Maio de 2006 às 09:54
O amor nos tempos modernos
O amor é o sentimento mais universal que existe. Juntamente com a capacidade de pensar, é provavelmente, a principal caracteristica que identifica o género humano. Para alguns, é o amor que faz com que o mundo gire, a razão da existência, o único pelo qual vale a pena morrer.
Escritores, artistas e cantores fizeram do amor protagonistas das suas obras...

Amores clássicos foram os de París e Helena (por cuja beleza se fez durante 10 anos a guerra de Troya, contada por Homero); o de Marco Antonio e Cleopatra (cuja paixão parou o Império Romano), ou o de Romeo e Julieta, os célebres personagens da tragédia de Shakespeare.
Outros autores, compreenderam que o amor é o único que prevalece ante a trivialidade da vida.
Contaram-no quando o tiveram, e choraram-no quando o perderam.

O cupido continua sendo hoje em dia um personagem actual. O filho de Vénus continua lançando as suas flechas de amor.
Romeo e Julieta continuarão encarnando-se em qualquer lugar do mundo, em qualquer condição, sem importar a idade ou a cor. Porque a necessidade de amar é mais forte que qualquer obstáculo.

O amor é a alma da criação e a sensação mais maravilhosa que pode apoderar-se de nossos sentidos; é poder e também é magia. Mil e uma tentativas não puderam descrevê-lo com justiça, apesar de ser reconhecido como o sentimento mais nobre que o ser humano pode possuir.
Vive-se por amor, morre-se por amor e até se mata por amor.

Se não o tens, procura-o. Se o possuis conserva-o, porque as alegrias do amor a nada são comparadas.
Feliz aquele que está apaixonado, porque o amor fá-lo invulnerável, a ele pertence o néctar do amor, néctar divino da boca de Afrodite.


Ola marisa este e o meu pequeno contributo para este teu cantinha. Adorei,,,,Beijinhos
De Marisa a 16 de Maio de 2006 às 10:03
Muito obrigada Mario esses são os amores de sempre da história, das fábulas... os mais belos...
Baci per te...
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