Não tenho, com este pequeno escrito, a mínima pretensão de explicar o que significa a minha mãe para mim, era aliás, impossível fazê-lo, a palavra mãe é uma palavra demasiado minúscula, para tamanho significado. Três letras nunca podem representar um sentimento tão bonito e verdadeiro, como aquele que sei, ela nutre por mim.
Dizer que é a melhor amiga é sempre redutor, mas parte da verdade, não se pode desassociar a palavra amiga da palavra mãe, nunca ninguém nos quererá tão bem como um ser que nos gerou e criou dentro dela.
Dizer que é a melhor mãe do mundo é falso, porque felizmente não conheço mais nenhuma e na realidade espero sinceramente que não seja a melhor mãe do mundo, até porque eu não sou de certeza a melhor filha e estaríamos em desigualdade, eu sou o melhor que sei e ela é muito mais do que sabe ser…
A minha mãe é aquela pessoa, inigualável, que só de sorrir já me faz bem, adjectivá-la seria sempre reduzi-la ao que as palavras permitem e ela é muito mais do que se pode descrever.
Tenho por ela o amor todo que só uma filha consegue ter e mais a admiração possível, por um ser tão fantástico que além de me dar vida, ainda me faz viver bem e melhor todos os dias.
Não pretendo com isto, apelar à lágrima, homenagear, ou de certa forma emocionar quem me lê, até porque espero, as vossas mães sejam especiais e únicas como a minha.
Não é porventura, a mais linda do mundo, a mais elegante, a mais amorosa, a mais simpática, um exemplo de mãe, nem precisa, porque é a minha e poder utilizar este pronome juntamente com a apalavra mãe, dá-me um orgulho que mal me cabe no peito.
Acho que há medida que a vida vai passando, vamos percebendo mais conscientemente o valor que a mãe representa para nós, o porto de abrigo que afinal sempre foi e nós se calhar nunca quisemos aproveitar, perceber.
A relação com a minha mãe, passou há muito tempo a cumplicidade, ou a típica relação mãe/filha, é uma linguagem de olhares, toques, emoções, nunca precisarei pedir-lhe nada que ela não soubesse já que eu o necessitava, nunca deixarei de ter algo que ela pudesse dar-me.
A intensidade da nossa relação mede-se pelo tempo de que dispomos juntas e fazemos questão de aproveitar ao máximo da melhor maneira, seja com lágrimas ou com sorrisos, porque nunca me vai saber melhor chorar ou rir com alguém do que com ela, a nossa relação é imortal, a morte será demasiado vã para terminar com algo de tão belo e genuíno, como é o nosso termo-nos.
Quem tem uma mãe que é assim, simplesmente mãe, imensamente mãe, como a minha, é de certeza uma pessoa privilegiada…
Não é dia da mãe, bem sei, mas as mães, tal como tudo, nunca precisarão de um dia para que lhe possamos dizer, o quão bem nos fazem… obrigada mãe…
De Ca a 21 de Abril de 2007 às 21:51
Bem sei o alcance para além do que as palavras que conjugas tão bem conseguem transmitir...
És uma pessoa que admiro muito.
Pelo quão genuína és.
O texto é simplesmente delicioso...
Nutro um amor assim pela minha mãe, embora com mágoa, não o saiba transmitir-lhe...
Não mudes querida. :)
De
Marisa a 23 de Abril de 2007 às 11:22
As nossas mães são todas especiais, pelo simples e belo facto de serem nossas.
A minha é muito mais do que tudo o que poderia descrever aqui, como sabes...
De INPulso a 16 de Abril de 2007 às 17:10
De António Variações
A minha mãe,
É a mãe mais bonita,
Desculpem, mas é a maior,
Não admira, foi por mim escolhida,
E o meu gosto, é o melhor,
E esta é a canção mais feliz,
Feliz eu que a posso cantar,
É o meu maior grito de vida
Foi o seu grito, o meu despertar,
Canção de mãe é sorrir,
Canção berço de embalar,
Melodia de dormir,
Mãe ternura a aconchegar,
Canção de mãe é sorrir,
Gosto de ver e ouvir,
Voz imagem de sonhar,
Imagem viva lembrança,
Que faz de mim a criança,
Que gosta de recordar
A minha mãe,
É a mãe mais amiga,
Certeza, com que posso contar,
E nem por isso, sou a imagem que queria,
Mas nem sempre me soube aceitar,
Razão de mãe é dizer,
Mãe cuidado a aconselhar,
Os cuidados que hei-de ter,
As defesas a cuidar,
Saudade mãe é escrever,
Carta que vou receber,
Noticia de me alegrar,
Cartas visitas encontros,
Essa troca que nós somos,
Este prazer de trocar,
Canção de mãe é sorrir,
Gosto de ver e ouvir,
A ternura de cantar.
Um beijo..
De INPulso a 16 de Abril de 2007 às 16:56
Lindo!!!!!!.................
Um beijo
De
Marisa a 16 de Abril de 2007 às 16:59
Um beijo...
Olá...
"...eu sou o melhor que sei e ela é muito mais do que sabe ser…", não são precisas mais palavras...
Um beijo vadio, a gente vê-se por aí...
De
Marisa a 16 de Abril de 2007 às 10:55
Olá...
Um beijo imenso para ti!
De nena a 15 de Abril de 2007 às 22:38
Alguém me empreste uma mãe
ando louca á procura
de um colo..
p´ra poder descansar,
um colo com cheiro e sabor;
um colo com sabor a leite,
um colo terno.
Caí dúm útero
e estatelei-me nas pedras frias do chão
ficando por lá até hoje.
Mas agora tenho frio;
quero enroscar-me
no colo d'uma mãe qualquer,
ou então
transplantar o meu umbigo.
De
Marisa a 16 de Abril de 2007 às 09:42
Muito bonito, sentimental.
Obrigada pela visita e pelo poema...
Um beijo.
Dia da mãe é sempre que um filho quiser...
sonhos maternais
De
Marisa a 16 de Abril de 2007 às 09:41
Claro que sim!
Baci.
De cheiodetesão a 13 de Abril de 2007 às 17:56
Muito bem escrito, como sempre, ler-te é como comer um gelado com sabor a pouco. Gostei, especialmente, da palavra "desassociar", a maior parte das pessoas usaria outra, bem mais comum, mas menos certeira que esta agora usada, "desassociar"!
O post não apela à lágrima, está um primor. Não cometo o tema, é sempre difícil, mas creio que qualquer pessoa assinará o que escreveste, por baixo. No entanto, há muita gente que tem, com as mães, relações muito más!
(Não é o meu caso, felizmente).
Entre mães e filhas há uma cumplicidade diferente da que existe entre mães e filhos, creio que assim é.
O tempo é que pode desgastar essas cumplicidades, Marisa, é bom estar atenta ao tempo...
Um beijo, é bom regressar aqui. Sinto-me aqui muito bem!
De
Marisa a 16 de Abril de 2007 às 09:40
Olá,
É sempre um prazer imenso receber-te por cá.
Obrigada pela simpatia...
Sabes, eu acho que as outras mães que não são ou não tentam ser assim, não merecem sequer ser mencionadas.
O tempo tambem pode apurar essas cumplicidades, pode amadurecer e estreitar laços, estamos sempre a tempo.
Muito obrigada, um beijo grande.
De Cristal a 11 de Abril de 2007 às 15:25
Teus braços sempre se abrem quando preciso um abraço. Teu coração sabe compreender quando preciso uma amiga. Teus olhos sensíveis se endurecem quando preciso uma lição. Tua força e teu amor me dirigiram pela vida e me deram as asas que precisava para voar. Assim são as Mães....
Beijos cristalinos.
De
Marisa a 11 de Abril de 2007 às 17:06
Cristal...
Nada a acrescentar, um beijo.
De Maeve a 11 de Abril de 2007 às 10:09
Adorei este post!!
Eu amo a minha mãe, mesmo naqueles dias em que ela consegue tirar-me do sério, achando que ainda manda em mim!!
Ela sempre me dizia "filha és mãe serás"
Agora que sou mãe entendo-a.
Beijo
De
Andre a 11 de Abril de 2007 às 11:02
Bom dia Marisa
É necessario um certo afastamento para se perceber uma Mãe. São seres estranhos, com um amor que me ultrapassa.
Bom post.
Beijinho
De
Marisa a 11 de Abril de 2007 às 17:02
Olá Andre e bem-vindo...
Gostei da tua ideia, 'seres estranhos'... se calhar é isso, dificilmente se entende a demensidão daquele amor...
Obrigada, um beijo.
De Andre a 12 de Abril de 2007 às 14:31
"demensidão"
cool!
De
Marisa a 12 de Abril de 2007 às 17:07
Foda-se logo na primeira vez, brindo-te com um erro grutesto!
Achas que consegues perdoar-me?
Obviamente queria dizer 'imensidão'.
Scuzza me...
De Andre a 13 de Abril de 2007 às 00:33
Ja foi ontem miuda...
Baci
De
Marisa a 11 de Abril de 2007 às 17:01
Maeve!
Olá e sejas bem regressada.
As mães são todas especiais à sua maneira, a minha é o meu porto de abrigo...
Obrigada, um beijo grande.
Vero?