Não é segredo nenhum… pelo menos para mim, que alguns dos meus melhores momentos, piaceres, loucuras, são passados sozinha num acto puramente egoísta, egocêntrico, mas que sabe muito bem!
Não que seja uma pessoa dita solitária, ou que aprecie a solidão, anti-social, antes pelo contrário, adoro conversar, sorrir, estar com pessoas que me fazem bem, gosto de exteriorizar o que sinto, convivo muito bem com o meu corpo, a minha personalidade e sei assumi-los muito bem, mas há momentos que quero íntimos, só meus, demasiado meus.
São assim como se de repente fizesse uma grande viagem da qual nunca venho igual, onde só passo por lugares maravilhosos, só vejo o que é realmente belo, sinto o que me faz bem, respiro vida…
Um desses momentos é quando saio do banho, depois de colocar todos aqueles cremes e pentear os cabelos e perfumar-me… sento-me na beira da cama, bem em frente ao espelho e apesar da porta aberta, sei que ninguém verá, não que me causasse qualquer espécie de transtorno, só me agrada o facto de o saber…secreto.
Fico mais solta, faço tudo o que me apetece, obedeço apenas e só ao corpo e a uma alma que me pede sedução para mim própria.
Primeiro olho-me no espelho, demoradamente, vagarosamente, prazerosamente, percebo todos os meus traços normalmente imperceptíveis, reparo num qualquer pormenor que me agrada naquele dia particularmente, e que pode ser por exemplo o contorno dos lábios que adoro, nesse caso mordisco-os, como que me provando pela primeira vez… toco nos cabelos, quase a medo, percebo como estão compridos, reparo na cor ruiva que tanto gosto, trago-os pra frente e quase tocam nos mamilos, mas destes ocupo-me mais tarde… tenho tempo, quero ter tempo para tudo.
Descruzo as pernas, deixo-as semi-abertas, nunca gostei de poses demasiado sinuosas, o implícito sempre me excitou muito mais… levo as mãos ao tornozelos, baixando-me levemente e deixando mais uma vez os mamilos roçarem nas pernas… sabe bem, vou subindo lentamente, como que tacteando cada pedaço de pele que tão bem conheço, mas me agrada redescobrir. Dos tornozelos às ancas, das ancas ao umbigo, do umbigo aos seios, dos seios ao queixo, à boca, coloco um dedo na boca e chupo, não sei bem porquê, acho que é instintivo… volto a descer as mãos e desta vez sim, detêm-se nos mamilos, agora rijos, arrepiados, isto de ficar nua depois do banho, arrepia sempre, mas é deliciosamente sensual… aperto-os primeiro levemente e fecho os olhos imediatamente, porque quero aproveitar cada sensação, sem abrir os olhos, mantenho uma mão num mamilo e levo a outra à parte do meu corpo mais expectante com tudo aquilo… não afasto as pernas, mas consigo tocar primeiro nos lábios, depois no clítoris, solto um gemido breve e deixo de ter a noção exacta de onde estou, pouco importa.
Levo novamente o dedo à boca e provo-me, hummm, aperto o mamilo, levo o outro dedo novamente ao clítoris e desta vez afasto ligeiramente as pernas, deixo-o entrar onde mais o aguardava, deito-me para trás e quando estou a colocar um segundo dedo nervoso e excitado, solto um novo gemido, tremo como que possuída e assim naquela posição, naquele frenesim, com uma mão num peito e a outra dentro de mim… páro, abro os olhos e sorrio… vero piacere…
Hoje é, dizem, o dia da mulher... minhas queridas aproveitem sobretudo o que são, descubram o prazer essencialmente em vós próprias, valorizem-se, sorriam, gozem e façam deste dia o começo de muitos com... vero piacere.
A todas nós... tchim tchim!!!