Segunda-feira, 30 de Outubro de 2006

Jogadas de sedução

Entre duas tacadas e uma golada de Safari, dei por mim a pensar em como seria bom ter uma mesa daquelas… só para mim.

O que me agrada mesmo é a forma como nos colocamos para jogar, como nos expomos enquanto pensamos na melhor tacada, é aquela fantasia que me faz imaginar em cima da mesa, no caso com o tampo vermelho, uma tentação...

Concentro-me na jogada, preciso fazer uma tabela e aquele som característico, da bola a tocar no canto e cair no saco, hummmm .

Inclino-me bem para cima da mesa, o decote é aperitivo, olho lá de baixo para ele, cá em cima e nos meus olhos está gravado ‘vem foder-me aqui’.

Que jogo tão sensual, a começar pelos tacos que seguramos com cuidado, depois as bolas, o som das tacadas… quero uma mesa daquelas na sala!

-Tu gostas mesmo de jogar snooker ou são as posições que te agradam?

-Gosto sobretudo de te ver a jogar, gosto de ver o teu rabinho empinado, a tua concentração na jogada, o peito quase a tocar na mesa, os olhos compenetrados mas tão sexy’s … e depois ver-te com o taco na mão… -bebe um gole, visivelmente nervoso.

-Ahahahahahaha, no próximo aniversário o meu presente é uma mesa destas.- passei por ele e uma lambidela rápida nos lábios.

-Provavelmente nem a usaríamos muito… não é um jogo que aprecie particularmente .

-Não só para jogar…

Entretanto outra tacada, em que eu fazia questão de provocar, de me inclinar sobre a mesa, a saia subia e a camisola deixava adivinhar os seios, eu fazia aquele sorriso de cabra a que ele nunca ousa resistir… numa tacada forte, a bola preta e voltei a ganhar.

-3-0, estás a precisar de umas aulinhas …

-Fazes de propósito para me desconcentrar, sabes a vontade que tenho em chegar por detrás de ti, tirar-te o taco das mãos e… dar-te o meu taco?

Ahahahahahahahahahah, se calhar não estás a falar a sério… sabes que estão pessoas a olhar para cá?

-Queres apostar?

 

           

-Deixa-me imaginar… a mesa só pra nós, eu de espartilho e cinto de ligas, subia bem devagar para cima da mesa, ficava lá de quatro a colocar as bolas nos buracos e depois voltava-me, deitava-me e retirava delicadamente as collants, ia desabotoando o espartilho…

-Está decidido, vamos comprar uma mesa de snooker!

Escrito por Marisa às 12:18
Piacere | Vero? | Pensamentos (20) | Grazie
Sexta-feira, 27 de Outubro de 2006

Hoje...

Marisa....descrever ou escrever sobre quem não se conhece a não ser pelas palavras e pelas fotos que a própria deixa gravadas. Exercício arriscado...que apela à imaginação.

 

Marisa....uma visão parcial e carnal, mas que vai para alem da carne, e esbarra nos limites do prazer.

 

Marisa ... com ela é fácil....basta ler os seus textos, destravar o pensamento e a imaginação, despi-los (e despirmo-nos) de preconceitos e .... deixarmo-nos navegar nela: em torno dela, envolvendo toda e cada uma das situações que descreve, dentro dela, insinuando-nos por cada uma das brechas que os seus textos abrem, com ela sentindo cada um dos sabores, cheiros e prazeres que sente e gosta de despertar nos outros.

 

                 

Marisa ... um despertador de desejos, uma amante de ‘veros piaceres ’, um corpo completo de mulher sem idade em forma de letras. Tudo nela pulsa, num permanente contraste de inquietação sôfrega e calma confiança de quem tem as rédeas na mão ...

 

Marisa ... autora de textos orgásmicos , muito para além do erótico, pouco ou nada ‘mostra’, tudo permite que se veja ... prazer solitário partilhado, masturba-se ela, masturba-se ele, masturbam-se em uníssono, fodem-se e amam-se à vez, provam-se, lambem-se, engolem-se, testam-se, gozam-se ....prazer, sobretudo prazer.

 

Marisa ... educação, sofisticação, nível, estatuto, sensualidade. A madura espontaneidade das palavras escolhidas uma por uma (mulher de contrastes, decididamente). Cada cheiro, cada cor, cada sabor...todos e cada um tratados de per si, com igual cuidado, com igual dedicação.

 

Marisa ... as sensações e o tacto, sempre em contraste. Entre o frio dos azulejos e o quente da água do banho, entre o molhado dos líquidos orgásmicos e o seco de uns mamilos erectos, entre o áspero dos pelos púbicos e o macio dos cabelos acariciados em desalinho, entre a impaciência febril de uma foda e a calma entrega de um acto de amor ...

 

Marisa ... em dia de aniversário, entre o avanço e o recuo, os contrastes de uma mulher sem idade, num corpo feito de letras e de sensações! Ela assim se mostra. Para quem gosta.

Eu gosto.

Obrigada F.!

...

Titanic

Para quem , como eu , estava habituado a ter net no trabalho, a saltitar de blog em blog, sempre que possível,  o facto de um dia para o outro deixar de a  ter, foi como um choque com um iceberg.

No ultimo momento enviei um SOS por mail, a avisar que iria deixar de ter net de um instante para o outro; no fundo a pedir a este mundo virtual que não me deixe afundar na realidade do dia a dia.  Desde esse primeiro mail e até hoje, raro é o dia em que a Marisa não me dá os bons dias, com um dos seus doces baci.

Grazie Marisa.

Tem sido um vero piacere...

Obrigada Zuco!

 

 

 

Escrito por Marisa às 08:55
Piacere | Vero? | Pensamentos (25) | Grazie
Segunda-feira, 23 de Outubro de 2006

Numa destas noites...

Deitei-me, um beijinho terno mas rápido e um até amanhã…

-Estás bem?

-Sim. Bons sonhos.

-Não queres miminhos?

-Quero ficar quietinha de olhos fechados. -voltei-me de barriga pra baixo, uma perna flectida, um braço a acompanhá-la e o braço que estava do lado dele, levemente afastado… perto dele.

Voltei o rosto para o seu lado e percebi, no lusco-fusco, que estava deitado de lado, braço a apoiar a cabeça e a olhar para mim.

-Tens a certeza que está tudo bem?

-Porque não me apetece foder?

-A… porque estás distante.

-Dorme bem.

Voltei de novo o rosto, e bem devagarinho, fui chegando a mão para perto dele, mais perto, toquei com um dedo na perna, passeava o dedo para cima e para baixo, fazia círculos, pressionava a perna, só ouvíamos a nossa respiração.

Depois cheguei-me um pouco para perto dele e fui subindo o dedo até chegar a virilha e aí percebi a sua respiração a alterar-se, percebi que se aconchegou de modo a ficar mais junto de mim, mas ainda naquela posição.

Coloquei o dedo por dentro dos boxers, pela perna e brincava na sua virilha, como se só eu soubesse o que estava a fazer, o silêncio que se ouvia era delicioso, apenas interrompido pelas respirações, que se adensaram quando um dedo dele tocou na minha nádega, quando brincou entre as minhas pernas. Instintivamente… ou não, levantei levemente a anca de modo a permitir-lhe passar com a mão entre os lençóis e o meu corpo quente e agora desejoso.

Num acto provocador, toquei-lhe ao de leve no sexo, bastante húmido, profundamente excitado, e percebi que a sua respiração entrecortou, voltei a tirar a mão e voltei à perna, onde tinha começado aquele embalar.

Esperei a sua reacção, quis perceber se lhe agradava aquele jogo, e não precisei aguardar… colocou a mão dentro da minha tanga, brincou com os poucos pelinhos, o que me arrepiava e ele sabia, depois com a minha virilha, as duas, e finalmente, bem devagar tocou no meu clítoris, apertei os lençóis, enterrei o rosto na almofada, não queria que me ouvisse, nada daquilo era oficial!

Levei de novo a mão para junto de si, desta vez mais convicta, entro nos boxers e de uma só vez, apertei-lhe o sexo, como se agarrá-lo fosse agarrar a vida… gemeu, e ouvi-lo quase me fez vir, brincava agora livremente com o meu clítoris, colocava um dedo dentro de mim e eu mordia os lábios, estava completamente transpirada.

                      

                      

                                                                                  

Aquele jogo, estava a deixar-me fora de mim, brincava com o seu sexo e os amiguinhos... ahahahahahahaha, e percebia que em pouco tempo teria um maravilhoso orgasmo, ele agora entrava dentro de mim com os seus dedos e um gemido abafado saiu da minha boca sem o meu consentimento...

Percebeu então que eu estava perto e continuou a provocar-me, eu acariciava-o sabendo a sua excitação, masturbava-o e naquela dança sincronizada, estávamos os dois quase em estado de ebulição, faltava perceber quem iria sucumbir primeiro.

Retirou a mão, como que prolongando aquele momento e eu continuei, estava possessa, não queria terminar, não agora, deixou-me brincar à vontade consigo, a sua respiração era música, e de repente, voltou a colocar os dedos dentro de mim, de uma só vez, sem aviso prévio, tudo o que conseguiu… e aí sim, um forte gemido, uma explosão de prazer, convulsões de prazer, respiração agitada, não consegui continuar…

Passados alguns minutos, enquanto me abraçava e eu pousava a cabeça no peito dele, perguntou-me:

-Não te apetecia mesmo?

-Foder não, mas adorei fazer amor contigo.

Escrito por Marisa às 10:24
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Quarta-feira, 18 de Outubro de 2006

Lady night

-Despe-te pra mim…

Um sorriso deliciosamente tímido, mas olhos brilhantes pelo desafio que se iniciava.

-Querias que eu dormisse vestido? - contornando a questão, ou talvez aguçando os meus sentidos.

-Não, quero que durmas nu ao meu lado, mas antes despe-te bem devagarinho, com todo o charme que emanas, pra mim.- disse-lhe enquanto me ajeitava na cama, bem no meio das almofadas e apenas com um string rosa bebé.

 

        

 

-E pra troca?

-Não gosto de fazer promessas… mas sou capaz de ficar excitada… sou capaz de não conseguir controlar os meus dedos…

-Hummm, começo a gostar da ideia…

Foi buscar uma vela, colocou música ambiente e depois de acender a vela, desligou a luz, o ambiente definitivamente muda tudo.

Aquele lusco-fusco torna tudo tão mais sedutor e perfeito, a música ambiente ajuda a embalar e a entrar naquele êxtase.

-Quero perceber que estás a gostar de me ver…

-Vais perceber…

E começou a bambolear-se, jeito desengonçado, primeiro de forma rígida, incomodado, tímido, depois foi melhorando, ao ritmo da música, que ia dançando, quase se esquecendo de que era preciso despir-se.

Olhos fixados em mim, que entretanto começava a acariciar-me, deixando-me levar pela música e pelo prazer.

Uma mão dentro do string, outra num seio inchado e desejoso, um mamilo hirto, arrepiado, tesudo.

Ele começava a respirar mais intensamente, notei que tremia quando tentava desabotoar os botões da camisa, sorri, achei tão sensual, quase não resisti em ajudá-lo mas aí seria o fim.

Ele voltava-se e abanava o rabo, percorria o corpo com as mãos que me fazem gemer, voltava-se e eu mordiscava o lábio inferior e masturbava-me agora livremente, como se estivesse sozinha, bem na sua frente.

Contorcia-me de prazer, solta, louca… e ele parou, completamente excitado, quase perturbado com a visão.

Faltavam os boxers, que deixavam adivinhar um sexo erecto, viril, excitado, parei…

-Paraste porquê?

-Estou quase a vir-me, quero que te dispas todo primeiro.

-Eu dispo mas quero ver o teu orgasmo.

E continuei, sabia que estava próximo, nunca lhe tinha mostrado um orgasmo daquela forma, mas todo o inédito da situação, o strip, a música, era fabuloso.

Senti um forte arrepio a percorrer-me todo o corpo, incontrolável, e julgo que não consegui ver quando ele me atirou os boxers… um grande gemido, unhas cravadas no lençol…senti-me por inteiro, deitei a cabeça pra trás e a sensação apoderou-se de mim…

Quando dei por mim estava sentado na cama, deliciado, hipnotizado a olhar pra mim, com o sexo brilhante quase a rebentar, estava cansada, um strip banal e um orgasmo maravilhoso, restou-me pedir que se viesse também pra mim… e comigo.

 

Escrito por Marisa às 09:20
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Segunda-feira, 16 de Outubro de 2006

Negócios

“Sendo você uma mulher de negócios, qual seria a factura a pagar por uma noite consigo?”

Consegui responder, ainda que um pouco perplexa pelo imprevisto da situação, “Sendo uma mulher de negócios, só negoceio o que realmente me interessa ou trará algum proveito.”

Entre um risada nervosa, mais meia dúzia de bitaites em que se atropelou a cada frase proferida, fez um sorriso amarelo despediu-se cordialmente e saiu do escritório.

Foda-se a pergunta não me sai da cabeça, afinal tudo tem o seu preço?

Chegámos a uma fase em que se pensa que se pode comprar tudo, em que os afectos se trocam por euros, em que as relações podem ser conquistadas com um bom carro ou status?

E depois quem caralho ele pensa que eu sou para me perguntar uma coisa destas?

Não há o minimo pudor em se dizer o que apetece, o objectivo seria impressionar, pela frontalidade, ou talvez achasse que era essa a pergunta de que eu andava ansiosamente à espera... e portanto era só dar-me tempo pra arrumar as coisinhas e ir embora com ele!

          

Terá sido o baton e os sapatos vermelhos que lhe fizeram despertar tais pensamentos?

Deve ser este ar de insensível e descomprometida que o fez pensar que as minhas fodas são cobradas à factura… ahahahahahahaha.

Se calhar, vistas as coisas de forma crua, tudo tem mesmo o seu preço, ainda que não seja em euros, ou diamantes, mas tem que haver contra-partida, qualquer que ela seja.

Afinal todos temos os nossos requisitos, para eleger o homem que nos levará à loucura, ou pelo menos se esforce para tal.

Não lhe basta um belo sorriso... ok pode bastar um belo carro, mas não comigo, eu quero é que ele me monte, não montar o carro dele!

E quero subtileza, charme, elegância, se quer ser directo seja, mas depois de me criar a expectativa, não antes de eu ter percebido que ele existe.

Se calhar devia ter respondido, que o que me acabou de perguntar só reforça, a distancia que sempre haverá entre nós…

 

Escrito por Marisa às 10:02
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Quarta-feira, 11 de Outubro de 2006

Um café

-Apetecia-me foder-te já aqui…

-Hummm, era?

-Assim em cima da mesa e toda a gente escandalizada, depois pedíamos a conta e íamos embora!

-Ahahahahahaha, olha fala baixo que ainda alguém te ouve.

-E então? Não estou a falar de nenhum negócio ilícito, quando muito fazia inveja a essas tias que nos rodeiam.

-Bom, mas achas que consegues terminar a refeição, depois vamos pra casa.

-Não sei… vou fazer um esforço.

Terminámos, um café, a conta, e saímos sem saber para onde nos dirigir, que é uma coisa fantástica quando se está de férias.

-Ainda estás com aquela vontade toda?

-Acho que não, apetecia-me mesmo era ali no restaurante…

-Portanto um local público!

-Sim…

-Então… e se fossemos tomar um café, aquele café ali em cima… tem uma zona de toillete enorme e muito interessante…

Os meus olhos começaram a brilhar com ideia, com a loucura, ou talvez o desafio.

A verdade é que não sabia se seria capaz de algo tão arrojado, tinha tudo começado com uma brincadeira.

Mas não quis terminar por ali, imaginá-lo excitava-me profundamente. Parei uns momentos, sem saber se iria só sorrir e dizer-lhe que era doido por tal ideia, ou simplesmente alinhar…

-Sabes, se calhar tomava outro café - disse-lhe com o ar mais natural que consegui.

-Ahahahahahaha, então vamos aquele ali em cima, tem um café fantástico, cremoso…

-Pois tem, vamos!

Entrámos, eu fui ao toillete, ele dirigiu-se ao balcão, passados alguns momentos, vi a porta abrir, eu estava sentada no balcão enorme do lavatório, com um sorriso provocador, prometedor…

-Boa tarde.

-Boa tarde, incomodo?

 

         

 

-Incomoda, mas deixe-se ficar… - disse-me visivelmente excitado.

Chegou-se a mim, beijou-me, levantou o meu vestido de linho preto e percebeu que eu já tinha adiantado trabalho… ahahahahaha.

Instintivamente levou uma mão ao meu seio e apertou-o, enquanto sussurrou ao meu ouvido, ‘Não grites ou gemas alto’, ouvir aquela restrição deixou-me completamente húmida, quase a rebentar.

Desapertámos as calças que baixamos junto com os boxers só o suficiente...e em poucos momentos provámos um pecaminoso orgasmo, que quase se tornava doloroso por não poder soltá-lo vocalmente.

Um beijo louco, afastou-se, olhou pra a porta, como se finalmente tivesse percebido onde estávamos e consertou-se.

Saltei do balcão e entrei na casa de banho das senhoras.

Quando voltei sentei-me na mesa onde ele estava, já lá estava o meu café à espera… a fumegar…

Escrito por Marisa às 12:09
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