Segunda-feira, 14 de Agosto de 2006

Rotinas...

Viemos todo o caminho a discutir!

Daquelas discussões horríveis, em que subimos o tom de voz, julgando que nos torna mais credíveis ou fortes.

Acusámo-nos mutuamente, dissemos palavrões, que na realidade eram dispensáveis, mas sabe tremendamente bem pronunciar!

O carro seguia a uma velocidade vertiginosa, eu ajeitava-me no banco… insegura.

Aquela sensação sempre me deu uma adrenalina, perigosamente excitante, nunca lhe pediria para abrandar e naquele caso apenas serviria para que fizesse o oposto…

A verdade é que quando começamos a discutir, normalmente por assuntos irrisórios, mero desentendimento ou divergência de opinião, não conseguimos parar e recuamos no tempo, trazendo todo e qualquer assunto para sairmos vitoriosos daquela batalha.

Nenhum de nós ousa dar razão ao outro, o nosso orgulho só nos permite um faiscar de olhos, tamanha a violência com que nos debatemos.

Há sempre algo a acrescentar, há sempre mais alguma coisa para acusar, não me permito ficar sem argumentos, ainda que tenha a noção de que daquela vez ‘perdi’…

Chegámos a casa!

O comando fez abrir o portão, o carro entrou, devagar…

O portão fecha-se, a luz da garagem não acende…

Desligou o motor do carro.

Ambos olhamos para o vazio, os olhos ainda não se habituaram àquela escuridão, suspiramos em uníssono… uma mão na minha perna…

-Chamaste-me ‘filho da puta’…

-Ora a discussão é entre nós, nada a ver com a família, mas foi o que me ocorreu… de forte…

Silencio novamente…

-És uma cabra e sabes e gostas, deixas-me doido com essa tua personalidade…

-Ahahahahahahaahahhah a sério?

Olhou para mim, passou para o meu lado, baixou o meu banco… rasgou o meu top preto com um ‘sexy’ em letras prateadas …

-Já nos agredimos verbalmente, agora vamos fazê-lo fisicamente…

-Fode-me e cala-te!

Olhou para mim e vi um incontrolável desejo no seu rosto, como se o que eu tinha acabado de dizer o tivesse descontrolado por completo.

Beijou-me avidamente, apertou-me os seios, como eu gosto… e um primeiro gemido…

Nem me importei com a sua nova camisa, eu estava em desigualdade, abri-a nervosamente… lambi-lhe o peito… hummmm, aquele peito ligeiramente peludo, ligeiramente húmido… que loucura.

Levantou as minhas pernas, puxou o meu string azul celeste, de forma desajeitada, aliás como sempre e que eu adoro.

                                

Beijou, lambeu, sugou-me como se o fim da vida fosse daí a segundos, soltei um grito potente e um grande puxão de cabelos…

Empurrei-o contra o pára-brisas… olhar de felina… cara de má, ficou sem jeito, sem perceber se eu ia sair do carro ou continuar ao meu jeito…

Abri-lhe as calças, olhei para ele, continuava inquieto, apoderei-me dele, tomei-o todo pra mim, pude ouvi-lo gemer bem baixinho, como se me quisesse esconder o maravilhoso prazer que estava a sentir, parei, voltei a olhar para ele, sorri… não desisti… e ele não aguentou…

Caiu em cima de mim, caímos em nós, transpirados, felizes, cansados…

O meu mundo estava dentro daquele carro…

-Vamos tomar banho doido?

-Ganhaste… mas eu amo-te, sabias?

Escrito por Marisa às 09:37
Piacere | Grazie
De Pintelho Marciano a 17 de Agosto de 2006 às 18:22
Ora bem...
Não quero de modo algum que a minha passagem neste blog seja motivo de suspiros saudosos, e , apesar de saber que despertarei sentimentos de ciume e inveja...cá tou eu!....
(Andáva ha que tempos para fazer uma entrada deste género...)
Cara Marisa....Adorei -mas é que adorei mêmo- aquela coisa do "Fode-me e cala-te"...
Parece que tou a vêr...
Um bom texto, daqueles de dar pau a um gajo (desculpe a minha bestialidade mas já me conhece...sabe que eu só sou sensivel nos pêlos do cu)
Fez o gajo pagar-lhe o top???
Um abraço (o da ordem) para si...
Mas é verdade...aquela do "Fode-me e cala-te"......Phoda-se...é que não me sai mesmo da cabeça....
De Marisa a 18 de Agosto de 2006 às 09:25
Pois meu caro Pintelho , deixe-me suspirar profundamente, os seus comentários são sempre verdadeiras epopeias e quero assimilar tudo o que tem para mim...
Pois que bela entrada!
Vejo que lhe agradou sobejamente o texto em sim com predominância para duas pequeninas palavras, eu diria, sugestivas, pois caro Pintelho , sou-me tremendamente bem pronunciá-las.
Fico contente que lhe 'dê pau' um texto destes, se calhar registo a patente e começo a fazer concorrência ao pau de Cabinda , ou ostras, estas últimas, sim, deliciam-me.
Quanto às suas sensibilidades, pois imaginei que andassem por aí, posso sugerir a cera como depilatório...
O meu top?
Pois com certeza, pagou na hora, ao proporcionar-me o eloquente orgasmo...
O seu abraço, os meus agradecimentos, por tão apreciada visita, espero sempre pelas suas inocentes palavras...
Então só pra si, bem no fundo do seu ouvido, perto da sua alma...
'Fode-me e cala-te'
De herculanodacosta a 23 de Agosto de 2006 às 18:48
olá!
o seu comentário sobre a delícia das ostras faz-me lembrar um amigo do norte, o beto, que costuma amandar às moçoilas um piropo bué de engraçado: - "a tua mãe é uma ostra! só pode! para deitar ao mundo uma pérola como tu...!"
encontrei o seu blóguio através do blóguio "contos secretos" e ainda bem.
vou e volto!
xi
herc
De Marisa a 24 de Agosto de 2006 às 09:23
Pois volte, que o aguardo!
Baci...
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