Viemos todo o caminho a discutir!
Daquelas discussões horríveis, em que subimos o tom de voz, julgando que nos torna mais credíveis ou fortes.
Acusámo-nos mutuamente, dissemos palavrões, que na realidade eram dispensáveis, mas sabe tremendamente bem pronunciar!
O carro seguia a uma velocidade vertiginosa, eu ajeitava-me no banco… insegura.
Aquela sensação sempre me deu uma adrenalina, perigosamente excitante, nunca lhe pediria para abrandar e naquele caso apenas serviria para que fizesse o oposto…
A verdade é que quando começamos a discutir, normalmente por assuntos irrisórios, mero desentendimento ou divergência de opinião, não conseguimos parar e recuamos no tempo, trazendo todo e qualquer assunto para sairmos vitoriosos daquela batalha.
Nenhum de nós ousa dar razão ao outro, o nosso orgulho só nos permite um faiscar de olhos, tamanha a violência com que nos debatemos.
Há sempre algo a acrescentar, há sempre mais alguma coisa para acusar, não me permito ficar sem argumentos, ainda que tenha a noção de que daquela vez ‘perdi’…
Chegámos a casa!
O comando fez abrir o portão, o carro entrou, devagar…
O portão fecha-se, a luz da garagem não acende…
Desligou o motor do carro.
Ambos olhamos para o vazio, os olhos ainda não se habituaram àquela escuridão, suspiramos em uníssono… uma mão na minha perna…
-Chamaste-me ‘filho da puta’…
-Ora a discussão é entre nós, nada a ver com a família, mas foi o que me ocorreu… de forte…
Silencio novamente…
-És uma cabra e sabes e gostas, deixas-me doido com essa tua personalidade…
-Ahahahahahahaahahhah a sério?
Olhou para mim, passou para o meu lado, baixou o meu banco… rasgou o meu top preto com um ‘sexy’ em letras prateadas …
-Já nos agredimos verbalmente, agora vamos fazê-lo fisicamente…
-Fode-me e cala-te!
Olhou para mim e vi um incontrolável desejo no seu rosto, como se o que eu tinha acabado de dizer o tivesse descontrolado por completo.
Beijou-me avidamente, apertou-me os seios, como eu gosto… e um primeiro gemido…
Nem me importei com a sua nova camisa, eu estava em desigualdade, abri-a nervosamente… lambi-lhe o peito… hummmm, aquele peito ligeiramente peludo, ligeiramente húmido… que loucura.
Levantou as minhas pernas, puxou o meu string azul celeste, de forma desajeitada, aliás como sempre e que eu adoro.
Beijou, lambeu, sugou-me como se o fim da vida fosse daí a segundos, soltei um grito potente e um grande puxão de cabelos…
Empurrei-o contra o pára-brisas… olhar de felina… cara de má, ficou sem jeito, sem perceber se eu ia sair do carro ou continuar ao meu jeito…
Abri-lhe as calças, olhei para ele, continuava inquieto, apoderei-me dele, tomei-o todo pra mim, pude ouvi-lo gemer bem baixinho, como se me quisesse esconder o maravilhoso prazer que estava a sentir, parei, voltei a olhar para ele, sorri… não desisti… e ele não aguentou…
Caiu em cima de mim, caímos em nós, transpirados, felizes, cansados…
O meu mundo estava dentro daquele carro…
-Vamos tomar banho doido?
-Ganhaste… mas eu amo-te, sabias?