Segunda-feira, 31 de Julho de 2006

Meus beijos…

Eu sou mesmo tímida!

Não é a revelação do ano, mas é engraçado como a minha timidez se desenvolve de maneira, talvez peculiar, das demais.

Normalmente as pessoas são tímidas num primeiro contacto, num primeiro encontro, numa primeira abordagem, enquanto desconhecidos… eu não.

Como primeira impressão e já que não tenho nada a perder, digo exactamente o que penso, sou como gosto de ser, não me inibo de falar seja do que for e tenho assunto para tudo, sou incisiva, livre, aberta, sou completamente descomplexada.

Após este primeiro ‘confronto’ e se há um próximo, sinto-me cada vez mais, a ficar retraída, a começar a medir o que digo, a ficar-me pelos sorrisos…

Ora isto se calhar nem tem nada de espectacular, sendo eu mulher, mas a mim faz-me alguma confusão, porque afinal o que me intimida é o conhecimento mais aprofundado de mim e sobre mim, quando inclui algo de pessoal, sentimentos… beijos…

Quando o assunto começa a ser ‘eu’, privado, aí vem a timidez, que chega sem avisar, fico ruborizada, se falo do que sou, ou sinto, fico uma criança indefesa… perceber que tenho medos, receios, lembranças, fragilidades e que mais alguém as conhece… aterrador.

A minha timidez é algo com que não sei lidar, que me prejudica e me condiciona, mas que me ajuda a perceber quem realmente é importante para mim.

Não consigo lembrar-me de algo que me embarace mais, que me intimide mais, do que um primeiro beijo dito amoroso, aquele toque, os fechar de olhos, eu fechar os olhos para alguém é um desafio, a partir daí quebrou-se uma barreira, um beijo tem algo de mágico, ou pelo menos os meus, que não são dados por ‘dá cá aquela palha’.

 

                          

 

Considero mais sentido, mais intenso, um beijo, e um beijo daqueles de mão dada e olhos fechados, que uma grande noite de sexo.

Uma noite de sexo é isso mesmo, sexo, sem cobranças, sem sentimentos necessariamente, sem partilha, sem nós, é o corpo… só um corpo.

Agora o acto de beijar, provoca em mim o efeito efervescente, mesmo que não seja o primeiro, mesmo que não seja inédito, porque é sempre verdadeiro, sentido, genuíno.

Quando há um beijo daqueles, a pele arrepia, o friozinho na barriga não desaparece, o arrepio na coluna é incómodo, mas é a melhor sensação do mundo, sou bem capaz de gaguejar depois de tamanha entrega, e volto atrás no tempo, regresso à adolescência e à fantasia acerca do amor e chego mesmo a acreditar que o amor pode ser eterno…

 

Escrito por Marisa às 09:18
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