Quarta-feira, 19 de Julho de 2006

Desejos vendados

-Hoje vou surpreender-te, vou contrariar tudo o pensas que controlas, vou enlouquecer-te, sem que tu vejas… só quero ouvir e ver o teu desejo…

-Vais? Isso tudo? Hummmm …

-Vem cá.

-E isso é para…

-O que estás a pensar…

Beijou-me os olhos, vendou-os com um tecido sedutoramente macio, leve, talvez cetim… um leve arrepio, esta incerteza tem tanto de fascinante como de temeroso.

-A partir de agora és só o que o teu desejo ditar, as tuas expressões corporais, a tua respiração, os teus gemidos… entrega-te…

Ajudou-me a deitar, muito lentamente, consertou as minhas vestes, os cabelos, ajustou a venda…

Enquanto me descalçava, beijava os pés, massajava-os, não sei se atirou os sapatos ou simplesmente os pousou, o silêncio, a calma, excitava-me profundamente.

Desabotuou os botões dos meus jeans , enquanto beijava e lambia em redor do umbigo, sem nunca lhe tocar, eu contorcia-me, o que parecia dar-lhe um especial gozo, pois fazia-o com mais intensidade… e segurava as minhas ancas por onde deslizavam os jeans e beijava cada centímetro de pele que ia ficando descoberto, retirou as calças…

Com algo macio mas firme, que nunca saberei o que era, passeou pelas minhas pernas, virilhas, umbigo, a minha respiração adensava-se, eu mordiscava os lábios.

Levantou a minha camisola preta de algodão, que ia subindo à frente da sua língua, disso tenho a certeza, era macia mas molhada e nervosa, ouvi a respiração forte incontida. Levantei os braços, facilitei a retirada da camisola e essa ouvi-a cair no chão, o peso das lantejoulas fê-la cair bruscamente.

Ficámos ali, um tempo que não sei precisar, mas que se por um lado me pareceu infinito dada a exposição em que eu estava, por outro, foi quase instantâneo, tamanho o prazer daquela descoberta.

Fiquei com os seios desnudados, uma brisa suave, ou talvez toda aquela situação, fê-los arrepiarem, arrebitarem, lambeu-os, apertou-os, o meu primeiro gemido… com uma língua gulosa, desceu abaixo do umbigo, colocou um dedo, brincou com o fogo, agarrei os lençóis com toda a força que pude, contive-me.

 

               

 

Tirou o meu string , de uma só vez, como se estivesse a terminar o tempo, como se fosse impossível aquela espera, senti o meu cheiro, sei que o pousou juntinho ao meu rosto, sorri.

Levantou e flectiu as minhas pernas, ouvi ‘espera amor’, esperei, o que me pareceu uma eternidade…

Senti algo de fresco no meu umbigo, o que por ser inesperado me fez soltar um leve gemido... algo redondo pequeno, fresco, talvez uma uva, que rodopiou no meu umbigo, foi até às virilhas e seguiu para onde depois me fez contorcer, morder os lábios, puxar os lençóis pra mim, encarquilhar os dedos dos pés… naquela cama enorme, quis agarrar-me com as minhas mãos, quis sentir o meu prazer, quis sentir-me, sentir o que me descontrolava, sentir que era real… não me foi permitido.

Ainda com as pernas flectidas, a excitação era tremenda, estava totalmente descontrolada, louca, incontida… ‘agora vou comer… em ti’... enlouqueci de vez… hummmm

Escrito por Marisa às 10:07
Piacere | Grazie
De Dossier_de_argolas a 19 de Julho de 2006 às 14:55
Sempre achei que só deveria comentar um post num blog se algo de interessante tivesse para dizer (presunções e manias minhas)!
Hoje, aqui chegado, eis-me embasbacado: a comentar sem nada poder dizer.
Não que nada me ocorra...
De entre beijos (de um a quatro), lambidelas e mordidas, escolha 'Marisa mia' o que melhor lhe souber. Ou não escolha nada.
'Anche tu, Marisa''....
De Marisa a 19 de Julho de 2006 às 15:08
Seja bem-vindo ao meu piacere !
Pois eu acho que faz lindamente, comenta só quando tiver de facto algo a dizer... no seu caso esse silêncio é ainda mais delicioso... sabe que aprendi a dar muito mais valor ao silêncio depois que me vendaram os olhos...
E depois parece-me que o que lhe ocorre e faz questão de omitir e por si só uma tentação.
Escolho claro, escolho um pedaço de melão fresquinho, que repartimos entre lábios...
...parece-lhe bem?
De Dossier_de_argolas a 19 de Julho de 2006 às 15:55
... olhe que com essa do 'melão que repartimos entre os lábios', deixou-me atrapalhado (sei que me atrapalho com pouco)! Não, não é por isso...ou melhor, é por isso e por mais duas razões (a que poderá acrescentar tantas quantas a sua imaginação permitir):
- é que não aprecio melão (com pena minha, esteja colocado onde estiver), e...
- a colocação de melão (ou outro fruto que, como lhe disse, melão não aprecio) entre os lábios leva-me a uma dúvida....que guardo para mim.
...de resto tudo me parece bem!
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