Segunda-feira, 11 de Setembro de 2006

Surpreender...

Entrei no carro e as minhas expectativas não saíram goradas… surpreender…

-Vamos? – Disse-lhe com um ar absolutamente normal, à espera de um beijo seu.

Olhou para mim e deteve-se largamente… na roupa.

-Mas que roupa é essa?

-Disseste para eu trazer uma roupa confortável, já que íamos só jantar a um sitio qualquer e depois voltávamos pra casa, porque andas muito cansado… Eu vesti algo de realmente confortável…

Cheguei-me perto dele, deixou-o sentir o meu perfume, beijei-o ao de leve nos lábios, segurei na sua mão direita, e fi-la deslizar por entre a fina gabardina creme que vestia. Chegou perto da minha virilha e deteve-se, quase assustado…

-Vês, vim confortável!

-Tu és louca, mas tu és completamente doida, quer dizer que a única coisa que trazes…

-Sim, é esta gabardina e os meus sapatos rosa, não reparaste nos sapatos, só na roupa… – disse com ar de ofendida.

-Tens a certeza, que vamos... vais assim?

-Vamos, estou cheia de fome e alem disso precisas ir descansar…

Durante o jantar, em que ficámos numa mesa para duas pessoas, de frente um para o outro, num restaurante simpático e acolhedor, os olhos dele estavam irrequietos. Eu olhava-o, sabia exactamente o que pairava na sua mente e sorria com um ar quase pecaminoso.

Até que a meio do jantar o meu sapato foi de encontro à sua cadeira, depois às pernas e depois começou a subir, ele ainda de cabeça baixa, olhou para mim e tentou desesperadamente fazer um ar de desaprovo, o que só me incitou a continuar… ele tentava ajeitar-se na cadeira e eu continuava a roçar o meu sapato no cimo das suas pernas.

 

                         

 

Pedimos uma sobremesa, que foi comida rapidamente, depois a conta, e saímos daquele sítio, alheio ao que os nossos corpos e almas ansiavam.

Assim que ficámos longe da porta, colocou a mão por dentro da minha gabardina, apertou uma nádega e disse-me ao ouvido…

-Passaste a noite a provocar-me, nem sabes o que te espera.

Respondi-lhe:

-Eu espero que a tua mão, não seja a tua única parte do corpo a tocar no meu rabinho…

Entrámos no carro, colocou a mão onde há pouco se tinha detido, e provocou-me um forte arrepio, tal a veemência com que o fez, foi como se só agora tivesse de facto percebido o erotismo da situação, e até chegarmos a casa não mais a retirou de lá.

Chegámos e eu estava completamente excitada, não saímos do carro antes de apagar um pouco desse fogo que nos consumia…

Abriu a minha gabardina avidamente, beijou-me os seios excitados, apertou-me as nádegas e sem que  eu quase tivesse tempo de lhe desabotoar as calças, penetrou-me, como se se vingasse do tormento que o fiz passar durante o jantar. Sussurrei-lhe ao ouvido:

-Não gostaste da surpresa?

-Adorei… e sei como agradecer-te…

Escrito por Marisa às 09:46
Piacere | Grazie
De ZePedro a 11 de Setembro de 2006 às 10:46
Situação bem interessante e extremamente bem descrita e poderei dizer que um voltar á normalidade depois de um momento melancólico.
Mas depois desta divagação volto ao tema e penso que existem tantos modos de provocar de surpreender e que é delicioso ser surpreendido e surpreender é algo que aumenta ainda mais caso seja possivel o desejo de estar, de fazer adoras surpreender pelo menos com palavras e gosto de ser surpreendido pelas tuas palavras...
Beijos agradecidos
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